Guiné-Bissau: Uma Mina de Ouro para o Caju Africano
Roger Brou, Diretor Executivo da ACA (no centro), com o representante da ACA em Bissau (à esquerda) e o Presidente da Associação de Processadores de Bissau (à direita)
Na condição de quinto maior exportador de caju do mundo, atrás da Índia, do Vietnã, da Costa do Marfim e do Brasil, a Guiné-Bissau depende decisivamente das castanhas de caju como uma das principais fontes de renda para as comunidades rurais e para as exportações. O setor de caju emprega aproximadamente 80% da força de trabalho. O desempenho do setor do caju é, portanto, um indicador fundamental para determinar a situação macroeconômica do país como um todo e a situação da segurança alimentar nas áreas rurais. Em 2013 a produção de cajus e as exportações foram afetadas por causa de um golpe militar, o qual ocorreu em março de 2012.
Nos últimos anos muitos produtores rurais converteram os seus campos de plantações em pomares de caju por causa dos benefícios promissores do cultivo comercial de cajus. Contudo, mudanças climáticas, a degradação ambiental e o aumento no uso de crédito durante o período antes da colheita foram os fatores que contribuíram para uma "espiral descendente de insegurança alimentar e de endividamento", disse Marina Temudo, uma agrônoma do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), sediado em Portugal. Para combater estas questões, a ACA recentemente assinou um ME com a Agência Nacional do Caju (ANCA), a associação nacional dedicada à defesa dos produtores rurais e processadores de caju na Guiné-Bissau. Através da colaboração dos elementos-chave em vários níveis, a Guiné-Bissau exportou cerca de 100 mil toneladas métricas de castanha de caju in natura e produziu um total estimado de 200 mil toneladas métricas, números que ficaram dentro das expectativas.